Simulação Social para Otimização das Políticas de Serviços de Emergência Médica
Resumo
Frequentemente, as políticas públicas, concebidas apenas, podem ser avaliadas só quando já se encontram implementadas. A simulação à priori dessas políticas apresenta vários benefícios: o design pode ser ajustado aos objectivos dos decisores políticos de forma mais exacta; as políticas podem reflectir melhor as motivações dos indivíduos envolvidos em diversos papéis (utilizadores, médicos, enfermeiros, funcionários públicos, auditores, decisores políticos); as ligações micro-macro e as mediações são representadas explicitamente; a simulação pode permitir a melhoria sucessiva das políticas, de tal forma que as mesmas aquando da sua implementação estejam aperfeiçoadas; os decisores e intervenientes podem conhecer melhor o território de decisão para melhor reagir em situações de contingência. Defendemos a simulação baseada em multi-agentes como forma de orientar a especificação de políticas. Os sistemas multi-agente permitem a representação de agentes racionais heterogéneos e fornecem uma abordagem para criar modelos dinâmicos complexos de fenómenos sociais. Neste artigo, descreve-se como podemos atacar o problema de optimização das políticas de serviços de emergência médica, quando há uma diferença clara entre a concepção dessas políticas e o uso que as pessoas lhes dão. Apresenta-se o cenário e um modelo para a simulação, identificando os actores envolvidos, as ligações e relações entre eles, as medidas necessárias para avaliar os resultados multi-dimensionais da simulação e como se podem afinar as políticas e simulá-las antes da sua implementação no mundo real.
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